Verve
Não te sobressaltes quando te deparares, embevecido pelo lirismo da palavra poética, com a letra magmática que lhe serve de lençol. Há turbilhões debaixo dos textos, embora nem todos se dêem a conhecer. Não se apropriam de si próprios em uma existência absoluta: correm em paralelo, munindo a página de calor e convocando o leitor a um arremesso profundo na luz que resgatam das sombras.
As vísceras do poema são uma fonte subterrânea, o âmago de um verbo com acesso vedado ao pensamento. Lá não existem chaves-mestras detentoras de segredos, as portas não têm cães de guarda.
Como as rochas, que não se obscurecem por enigmas nelas gravados à espera de decifração, as fronteiras têm limites dinâmicos e a palavra relampeja, nas passagens livres.
Não te sobressaltes quando te deparares, embevecido pelo lirismo da palavra poética, com a letra magmática que lhe serve de lençol. Há turbilhões debaixo dos textos, embora nem todos se dêem a conhecer. Não se apropriam de si próprios em uma existência absoluta: correm em paralelo, munindo a página de calor e convocando o leitor a um arremesso profundo na luz que resgatam das sombras.
As vísceras do poema são uma fonte subterrânea, o âmago de um verbo com acesso vedado ao pensamento. Lá não existem chaves-mestras detentoras de segredos, as portas não têm cães de guarda.
Como as rochas, que não se obscurecem por enigmas nelas gravados à espera de decifração, as fronteiras têm limites dinâmicos e a palavra relampeja, nas passagens livres.
Sonia Regina