Feriadão: Saravah!
Sábado, 18 de abril de 2009: início de feriadão no Rio de Janeiro.
Um Tiradentes celebrado a 21 e um São Jorge traduzido em feriado a 23 sacramentaram o ponto facultativo nas repartições públicas, que de facultativo nada terão: ninguém irá mesmo trabalhar.
As estradas ficarão lotadas dos que irão em busca de descanso ou novas cores para suas paletas. A cidade às moscas valerá pelo sol de verão. E pelo azul de inverno no céu.
Horas à-toa de delícias e mimos do mar nos corpos já não tão bronzeados. A força da luz clara envolvendo e convidando a fantasia ao desenho, com os pastéis de Gauguin. Coisas do outono carioca.
A previsão é de chuvas e tempo nublado. Mas, mesmo que a madrugada traga do sul a chuva forte - sem cheiro ou gosto de verão - e o ar de serra e a névoa nos invada a todos, parte das madrugadas do feriadão podem ser aproveitadas bem gostosamente, entre as cobertas.
Bom é manter-se atento a recaídas anunciadas. O peito que aperta e o tédio que se aproxima são sintomas que requerem urgentemente paliativos. Museus e visitas à família - contramão do Rio em dias de sol - são perfeitos, em dias como esse. Todavia, prepare uma night: ninguém é de ferro e, afinal, o Rio de Janeiro é sempre uma festa. E, com a noitinha, sempre chega a sensação de que nem tudo foi escrito.
Uma xícara de café com amêndoas é um bom começo, se o tempo estiver frio para o costumeiro chopp. Sugere canções antigas da bossa-nova, João Gilberto, Tom, o violão do Baden...Vinícius. E o Samba da Bênção, versado para o Francês por Pierre Barouch com o título Saravah.
Saravá! Ou, traduzindo: salve, viva! Diga e crie, aja! Afinal, somos descendentes de três raças e quando a criatividade de uma se esgotar, podemos lançar mão da outra. Agradeça à modernidade alegria ser palavra conjugável, e cante com Vinícius: "é melhor ser alegre que ser triste".
Há coisas que se dizem, simplesmente; para, em seguida - sem perguntas ou respostas -, serem vividas. Alegremente.
Bom feriadão! Saravah!
Sábado, 18 de abril de 2009: início de feriadão no Rio de Janeiro.
Um Tiradentes celebrado a 21 e um São Jorge traduzido em feriado a 23 sacramentaram o ponto facultativo nas repartições públicas, que de facultativo nada terão: ninguém irá mesmo trabalhar.
As estradas ficarão lotadas dos que irão em busca de descanso ou novas cores para suas paletas. A cidade às moscas valerá pelo sol de verão. E pelo azul de inverno no céu.
Horas à-toa de delícias e mimos do mar nos corpos já não tão bronzeados. A força da luz clara envolvendo e convidando a fantasia ao desenho, com os pastéis de Gauguin. Coisas do outono carioca.
A previsão é de chuvas e tempo nublado. Mas, mesmo que a madrugada traga do sul a chuva forte - sem cheiro ou gosto de verão - e o ar de serra e a névoa nos invada a todos, parte das madrugadas do feriadão podem ser aproveitadas bem gostosamente, entre as cobertas.
Bom é manter-se atento a recaídas anunciadas. O peito que aperta e o tédio que se aproxima são sintomas que requerem urgentemente paliativos. Museus e visitas à família - contramão do Rio em dias de sol - são perfeitos, em dias como esse. Todavia, prepare uma night: ninguém é de ferro e, afinal, o Rio de Janeiro é sempre uma festa. E, com a noitinha, sempre chega a sensação de que nem tudo foi escrito.
Uma xícara de café com amêndoas é um bom começo, se o tempo estiver frio para o costumeiro chopp. Sugere canções antigas da bossa-nova, João Gilberto, Tom, o violão do Baden...Vinícius. E o Samba da Bênção, versado para o Francês por Pierre Barouch com o título Saravah.
Saravá! Ou, traduzindo: salve, viva! Diga e crie, aja! Afinal, somos descendentes de três raças e quando a criatividade de uma se esgotar, podemos lançar mão da outra. Agradeça à modernidade alegria ser palavra conjugável, e cante com Vinícius: "é melhor ser alegre que ser triste".
Há coisas que se dizem, simplesmente; para, em seguida - sem perguntas ou respostas -, serem vividas. Alegremente.
Bom feriadão! Saravah!
Sonia Regina
