A metamorfose
Sonia Regina
Tatear a memória no frio é vasculhar a nostalgia e o tremor de palavras demasiado usadas. É difícil arrancar-lhes poesia.
A ternura é lenta quando o novo aceita a pausa: uma quietude sem alento ou deleite murmura sons pouco audíveis ao dizer da nutrição. Mas o deslocamento de pequenos cercos reaviva delicadezas, libera imagens e a metamorfose é um momento de alegria nos percursos.