online. Grata pela visita e leitura da minha prosa. Sonia Regina. prosa, somente prosa

Asteriscos - 12 a 21


[1 a 11 aqui]

*12 - É preciso tratar a língua, desacostumá-la da escuta do idioma de palavras gastas; é preciso que a voz toque de leve – roce - o selvagem na plantação, na caçada.

*13. É preciso acariciar os signos da navegação pela fábula para que o corpo seja casa, voe na asa e o gosto festeje - fora do discurso - o que falta.

*14 - O céu se estica para além das esquadrias, vozes têm dono além dos fios e, o mundo, não cabe nessa janela à beira-campo.

*15 - O circo do sol traça o vôo, toca a asa ao deus-dará e a tristeza se fecha – quieta - à espera de outra deixa: que não virá.

* 16 - Contrapesa o acaso, mira a âncora lançada à boca do rio, nua de barco. Sem tato é lastro à deriva, turbilhão de pássaros na elipse de dia rápido, visível, físico.

*17 – Sente, o movimento voa no arco da memória sobre o rumor do pranto transfigurado, ária sem idioma ou pátria.

*18 - A reintegração da hipérbole oscila, já, da espuma ao canto.

*19 - Numa respiração profunda o encanto do território flui na paixão d’água: redonda excentricidade transforma a solidão em parábola de terra revigorada, mina, fonte despida de fogo fátuo.

* 20 - O círculo é fato na eternidade que arde: amor manifesto, esfera de calor infinito.

*21 - Na praia que beija a casa, a área onde se inscreve e desenha - certa e exata - a circunferência primária.

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*12 e * 13 - [sonia regina. Em lalíngua, pg. 3]
*14 - [sonia regina. Em tucano beiradeiro, pg. 3]
*15 - [sonia regina. Em deixa, pg. 3]
*16, *17, *18, *19, *20 e *21 - [sonia regina. Em na praia que beija a casa, a hipérbole, pg. 3]




 

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©2010 Sonia Regina