O casario
Sonia Regina
Movimentos mais lentos e delicados cabem inteiros no tempo: sem roçá-lo, permanecem movendo-se ano após ano. Como a cor.
Detalhes despercebidos me assaltam nesta manhã, em janela diferente da habitual. Telhados cobrem casas amarelas e brancas, de portas azuis: sempre ali e nunca as vi. Olhei-as, talvez. Todavia, meu deslumbre ia para o colorido nas colinas do outro lado do rio.
O mundo gira na voz, mas encantamentos surgem do olhar. O meu, agora, pousa nesse casario ainda na sombra. O sol que toca meu rosto - levemente, como sempre - não chegou lá.
Mas o sol não pára.
Sonia Regina
Movimentos mais lentos e delicados cabem inteiros no tempo: sem roçá-lo, permanecem movendo-se ano após ano. Como a cor.
Detalhes despercebidos me assaltam nesta manhã, em janela diferente da habitual. Telhados cobrem casas amarelas e brancas, de portas azuis: sempre ali e nunca as vi. Olhei-as, talvez. Todavia, meu deslumbre ia para o colorido nas colinas do outro lado do rio.
O mundo gira na voz, mas encantamentos surgem do olhar. O meu, agora, pousa nesse casario ainda na sombra. O sol que toca meu rosto - levemente, como sempre - não chegou lá.
Mas o sol não pára.